Lição13: Isaías 64 a 66: Novos Céus e Nova Terra

 

ESTUDO 13: ISAÍAS 64 a 66: NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA
Em Isaías 64 a 66 há 61 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Isaías 65.16-25 (2 a 3 min).
A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia
Olá, professor(a)! Chegamos ao final desta revista, mas ainda temos um tema valioso a ensinar: a intervenção de Deus sobre este mundo. Antes que se estabeleça o reino de Jesus, toda impureza será removida e toda imperfeição será corrigida. A imagem da restauração nos remete ao vaso na mão do oleiro, que o molda segundo a sua vontade. Rebeldes e infiéis de Judá e Jerusalém, bem como os que rejeitam o nome de Jesus, serão excluídos. Mas Deus continua chamando outros convidados, os gentios, até que muitos reconheçam que só Jesus é o Senhor. Nós, os gentios, nos juntaremos a um remanescente fiel para vivermos como povo separado para o Senhor e só a ele serviremos na nova terra e sob novo céu.

 

OBJETIVOS
• Reconhecer a soberania de Deus sobre a criação, reafirmando Seu plano de restauração e redenção.

• Compreender o papel do remanescente fiel no plano de Deus e sua relação com a vinda do Messias.

• Enfatizar a esperança nos novos céus e nova terra como promessa de justiça e paz eterna.

 

PARA COMEÇAR A AULA
Para iniciar a aula você pode utilizar dois copos descartáveis. Explique que um dos copos representa Israel e o outro, os gentios; use um objeto para fazer pequenos furos no primeiro copo, desse modo você estará simbolizando a imperfeição do povo de Deus. Agora amasse o segundo copo, mas sem perfurá-lo, para mostrar que os gentios também são imperfeitos. Coloque o primeiro dentro do segundo e encha-os com água. A ideia é mostrar que, juntos, os que aceitam Jesus podem ser perdoados e restaurados.

 


LEITURA ADICIONAL

Logo de início declara-se enfaticamente que o céu é o trono do Senhor, e a terra o Seu estrado; consequentemente, Ele reina e enche todo o universo. Portanto, em nenhum lugar na terra há um ponto em que possa ser edificada uma casa para Ele, nem um lugar que possa servir-lhe de habitação. Isso não deve ser entendido em sentido absoluto, como se o Senhor não quisesse ter nada como um templo. Pelo contrário, é uma condenação do ponto de vista exterior, que faz passar despercebido que é apenas no sentido figurado que um templo pode ser chamado de casa e habitação do Senhor (cf. I Re 8.27), e que, portanto, atribui valor a um templo físico mesmo quando ele ou seu ministério são contaminados por toda sorte de costumes ímpios. O texto continua no mesmo tom, dizendo que o Senhor fez todas “estas cousas”, todo o universo visível, e por isso o homem realmente não pode acrescentar nada ao que já é dele (cf. Sl 50.12). O que alegra esse Deus exaltado não são coisas externas, mas a disposição interior do coração que reconhece a Sua majestade (cf. 57.15). Portanto, Ele olha com favor para o “aflito” e “abatido de espírito” (cf. 57.15), para o “que treme da minha palavra”, enchendo-se de um santo senso de temor diante dela.
Livro: Isaías introdução e comentário (Ridderbos, J., Vida Nova e Mundo Cristão, São Paulo, SP, Pág. 511).

 

Estudada em 30 de março de 2025

 

ESTUDO 13: ISAÍAS 64 a 66 – NOVOS CÉUS E NOVA TERRA

 

Texto Áureo
“Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.” Is 65.17

 

Verdade Prática
Deus exerce poder e autoridade sobre toda a criação. Ele é plenamente transcendente, pessoal e incomparável.

 

Leitura Bíblica Com Todos: Isaías 65.16-25

 

INTRODUÇÃO

I. ORAÇÃO E LOUVOR 64.1-12
1. Manifestação de Deus 64.1
2. Olhos não viram 64.4
3. Somos imundos, Ele é oleiro 64.6,8

 

II. RESPOSTA DE DEUS 65.1-16
1. Um povo desconhecido 65.1
2. Rebeldia de Israel 65.3
3. Remanescente de Israel 65.9

 

III. NOVO CÉU, NOVA TERRA 65.17-66.24
1. Uma nova criação 65.17
2. Nascimento de uma nação 66.8
3. Triunfo final 66.22

 

APLICAÇÃO PESSOAL

 

Hinos da Harpa: 479 – 488

 

INTRODUÇÃO
Chegamos à parte final de Isaías. Tal como no capítulo 6, esta profecia mostra o Deus que está no trono e governa o mundo com justiça, mas não somente isso. Veremos o seu julgamento sobre a religião legalista, a restauração que vem Dele a Sião e, por fim, a sua glória revelada para todas às nações.

I. ORAÇÃO E LOUVOR (64.1-12)
Representando tanto Israel quanto os cristãos, Isaías ergue a sua voz como um arauto de intercessão, implorando ao Senhor que assista o Seu povo. O Deus que operou maravilhas no passado é invocado para intervir novamente no cenário mundial.

1. Manifestação de Deus (64.1)
Oh! Se fendesses os céus e descesses! Se os montes tremessem na tua presença.

O capítulo 64 inicia com a continuação da oração feita por Isaías no capítulo 63.7-19. Isaías clama para que Deus venha, como no passado, rasgando os céus; para que faça tremer os montes na sua presença e para que ferva as águas, a fim de que seu nome seja reconhecido e temido pelos seus adversários. O profeta reconhece as obras feitas pelo Senhor aos seus antepassados e diz que nunca se viu um Deus assim, que trabalha para aqueles que esperam Nele. Sem dúvida, é um belo exemplo de oração por avivamento da igreja e expectativa pelo que há de acontecer na segunda vinda de Cristo (Ap 1.7).

 

2. Olhos não viram (64.4)
Porque desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvido se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de ti, que trabalha para aquele que nele espera.
O apóstolo Paulo faz citação desta passagem ao se referir à grandiosidade dos propósitos divinos (1Co 2.9). O Senhor Deus trabalharia para aqueles que Nele esperam somente Ele interviria em eventos da humanidade para guardar seu povo e cumprir seus desígnios. Para Isaías, toda a história comprovaria que somente Deus é soberano sobre tudo, só Ele – o Santo de Israel – pode se autodenominar.
Desta forma, anelando ver a grandiosidade de Deus, o profeta menciona, em sua confissão, os pecados do povo: imundícia (v. 5, 6), indiferença (v. 7) e obstinação (v. 8). O amor de Deus descreve sua essência. A ideia de um Deus plenamente transcendente é a mesma de um Deus plenamente pessoal. Ele é um Ser ardentemente preocupado conosco, o que o torna incomparável.

 

3. Somos imundos, Ele é oleiro (64.6,8)
Mas todos nós somos como o imundo, e todas as nossas justiças, como trapo da imundícia; todos nós murchamos como a folha, e as nossas iniquidades, como um vento, nos arrebatam.(64.6) Mas agora, ó Senhor, tu és nosso Pai, nós somos o barro, e tu, o nosso oleiro; e todos nós, obra das tuas mãos (64.8)
O profeta faz confissão de seus pecados e se queixa de suas aflições. Ele intercede por si e pela nação dizendo que estão imundos no espírito e na alma; que as justiças humanas são impuras, e para nada servem, pois não podem libertá-los. Isaías lembra novamente que Deus é seu Pai, é Pai de Israel e o oleiro que os molda como o barro. Portanto, eles são obra de Suas mãos e por isso é que estão sendo moldados por Deus a fim de que fiquem como Ele deseja. O profeta pede a Deus que considere o que está acontecendo: as cidades de Judá em ruínas, Jerusalém destruída e queimada; e o templo também não existe mais, pois foi reduzido a cinzas. Tudo o que era precioso para eles foi arruinado. Será que Deus continuaria impassível diante de todas essas calamidades? Castigá-los-ia além da conta? Era insuportável para ele ver tudo isso.

 

 

II. RESPOSTA DE DEUS (65.1-16)
Deus declara ao profeta que está chamando um povo que antes não conhecia o seu nome, mas que virá a conhecer, pois o Seu povo (israelita) o provocou demais com suas obras de idolatria.

1. Um povo desconhecido (65.1)
Fui buscado pelos que não perguntavam por mim; fui achado por aqueles que não me buscavam; a um povo que não se chamava do meu nome, eu disse: Eis-me aqui, eis-me aqui (65.1).
Aqui o Senhor Deus responde à oração precedente feita pelo seu povo (63.15; 64.12), porém, lança em rosto o fato de que, em todo aquele tempo não havia sido buscado pelo seu povo (vv. 1, 2). Esta frase do profeta denota o afastamento e a falta de intimidade com Deus que eles sentiam, como se jamais tivessem sido seu povo. Aqui temos grupos que seguirão por caminhos distintos: uma maioria feita por apóstatas de Judá e uma minoria que se mantinha justa e fiel. Este segundo grupo é o povo remanescente.
Este versículo fala claramente sobre o chamado dos gentios, que viriam a se converter a Jesus nos tempos do Evangelho, pois teriam o coração mais aberto à sua doutrina e não viriam a questioná-lo como os judeus constantemente o faziam, tentando se justificar quando citavam as Escrituras.

 

2. Rebeldia de Israel (65.3)
Povo que de contínuo me irrita abertamente, sacrificando em jardins e queimando incenso sobre altares de tijolos.
Mesmo com as exortações e com a própria mão de Deus estendida para eles, os judeus rejeitaram o Senhor, por isso eles estão sendo rejeitados – por causa da rebeldia, teimosia e a idolatria com que irritam a Deus.
Nada incomodava mais a Deus do que a permanência do seu povo naquelas práticas abomináveis da idolatria e do paganismo. Assim, o castigo divino era inevitável pois visava punir o pecado presente e preparar os remanescentes simbolizados, no texto, pelo cacho de uva (v. 8). Mesmo com a maioria das uvas estragadas e bem poucas boas e doces, o Senhor ainda acha razões afetivas — tal como um bom agricultor — para preservá-las. Desta maneira, Deus poupa o remanescente do seu povo e agora se volta para os gentios, os quais seriam chamados pelo seu nome, pelo nome de Jesus, pelo nome de Cristo: cristãos.

 

3. Remanescente de Israel (65.9)
Farei sair de Jacó descendência e de Judá, um herdeiro que possua os meus montes; e os meus eleitos herdarão a terra e os meus servos habitarão nela.

O Senhor faz a distinção entre fiéis e idólatras, por isso, nem todo o Israel será rejeitado. Somente os judeus apóstatas é que experimentarão a ira divina. O Senhor tem sido fiel no meio de uma nação infiel. E, por amor aos fiéis, Ele não destruirá a nação completamente. Estes remanescentes poupados deveriam regressar à sua terra e levariam a efeito sua missão redentora no mundo. Tudo isto fariam desfrutando de alegria e bênçãos
(v. 13-16). Desta forma, este povo remanescente é o verdadeiro Israel (6.13; 53.10). Seriam chamados por Deus de “meus servos” (v. 14). Objetivamente, a fidelidade é o caminho para o que é verdadeiro.
Quanto a “Um herdeiro que possua os meus montes” aplica-se também a Jesus, o Messias, descendente da tribo de Judá, o herdeiro legal de todas as coisas e pessoas do Pai (Hb 1.2), com o qual somos coerdeiros do reino de Deus (Rm 8.17), o reinado do Messias.

 

 

III. NOVO CÉU, NOVA TERRA (65.17-66.24)
Nos novos céus e na nova terra de Isaías ainda há pecado e morte. Entretanto, em Apocalipse 21, estes não existem mais. Possivelmente, esta é uma distinção entre milênio e eternidade.

1. Uma nova criação (65.17)
Pois eis que eu crio novos céus e nova terra; e não haverá lembrança das coisas passadas, jamais haverá memória delas.
Havia chegado o momento de Deus dar a resposta final às queixas e às orações do seu povo. Toda realidade corrupta e corrompida desapareceria. Advinha nesse momento o grande reino milenial que acontece como estágio preliminar das glórias eternas do céu. Tratam-se dos últimos tempos (Ap 21— 22). Aqui é uma referência direta ao estado eterno e perfeito.
Uma parte dos comentaristas acredita que há diferença entre “o novo céu e nova terra” de Isaías e os de João, pois as características que Isaías nos dá não se encaixam com a vida eterna, já que na eternidade as pessoas não envelhecerão nem morrerão (65.20) e não haverá perigo de perder coisa alguma para invasores (vv. 21-23). O correto é acreditar que as palavras do profeta tratam da era do Messias que poderia ser comparada à criação de novos céus e nova terra (65.17 cf. 51.16). Não podemos deixar de lembrar que haverá o Milênio, período em que o mundo será redimido e renovado (Ap 20.4-6). Finalmente, há “novos céus e nova terra” que existirão depois que “o primeiro céu e a primeira terra tiverem passado” (2Pe 3.13; Ap 21.1).

 

2. Nascimento de uma nação (66.8)
Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisa semelhante? Pode, acaso, nascer uma terra num só dia? Ou nasce uma nação de uma só vez? Pois Sião, antes que lhe viessem as dores, deu à luz seus filhos.

Parece não haver plena concordância entre os comentaristas sobre a aplicação dessa profecia. Quando a passagem questiona: ”nasce uma nação de uma só vez?”, surgem diferentes hipóteses:
1) O retorno dos exilados: Alguns entendem que a “nação” mencionada refere-se aos exilados libertos pelo decreto de Ciro, que lhes permitiu retornar a Israel (Ed 1.1-4).
2) A fundação moderna de Israel: Outros interpretam o cumprimento dessa profecia no evento histórico de 14 de maio de 1948, quando Israel foi reconhecido como nação independente, após quase dois milênios.
3) O nascimento da Igreja: Alguns teólogos associam essa profecia ao nascimento da Igreja. O versículo menciona um tipo diferente de parto, no qual a mulher dá à luz antes de sentir dores. A mulher seria Sião, e os filhos que nasceram podem ser os salvos descritos em Atos 2, um evento miraculoso e admirável que marcou o início da Igreja.
4) O cumprimento escatológico: Muitos creem que o cumprimento definitivo dessa profecia ocorrerá imediatamente antes do Milênio, quando Cristo derrotará as forças do Anticristo e estabelecerá Seu reino físico (Ap 19.11-21; 20.1-6).

 

3. Triunfo final (66.22)
Porque, como os novos céus e a nova terra, que hei de fazer, estarão diante de mim, diz o Senhor, assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome.
Percebe-se, claramente, que as palavras introdutórias do último capítulo de Isaías foram direcionadas ao povo impenitente de Israel. Nas condições em que os judeus se encontravam, não poderiam agradar a Deus, tampouco lhes era permitido construir um templo para Ele (vv. 1, 2). Seus sacrifícios eram dissociados de santidade (vv. 3, 4).
Já nos três versículos finais do capítulo, encontramos o juízo e a esperança atingindo seu clímax. As questões mais notáveis do livro aparecem de forma clara e direta. Para Isaías, Deus é o único Criador, Aquele que estendeu os primeiros céus e fundou a primeira terra (cf. Is 40.21-23). Ao fim, Ele os recriará. Não há outro Deus; quaisquer outros são falsos, inúteis e incapazes de cumprir ou concretizar promessas.
Assim, só existem duas categorias de pessoas: as que se curvam diante do Deus único e verdadeiro em adoração, e as que loucamente se rebelam contra Ele. Consequentemente, só são possíveis dois destinos para a raça humana: o daqueles que adoram a Deus e viverão para sempre, com seus nomes e descendência assegurados; e o daqueles que se rebelam contra Ele, os quais morrerão para sempre, enfrentando o verme e o fogo que são intermináveis (v. 24).
Os novos céus e a nova terra remetem o leitor à promessa de Isaías 65.17, permitindo-lhe visualizar o regozijo e a plenitude do reino messiânico, onde a justiça, a alegria e a paz serão eternas.

 

APLICAÇÃO PESSOAL
A eternidade de Deus sustenta a perenidade de Seus propósitos. Assim como os novos céus e a nova terra serão eternos, também o serão a vida dos justos na presença de Deus e a perdição dos ímpios que rejeitam Seu senhorio.

 

 

RESPONDA
1) O que aprendemos sobre Deus ao refletirmos sobre a criação de novos céus e nova terra?
R: Deus é soberano e cumprirá Sua promessa.

 

2) Como podemos nos inspirar no remanescente fiel de Israel em tempos difíceis?
R: Permanecendo firmes na fé e confiando na promessa divina.


3) Quais são as diferenças entre o novo céu e nova terra descritos por Isaías e o que João apresenta em Apocalipse 21?
R: Em Isaías, ainda há pecado e morte; em Apocalipse, há perfeição e eternidade.

 

👉 👉 MEUS COMENTÁRIOS:

Resumo de Isaías 64

Isaías 64 é uma oração fervorosa em que o profeta Isaías clama a Deus para que Ele manifeste Seu poder e restaure o povo de Israel. Isaías lembra como Deus agiu poderosamente no passado e pede que Ele “rasgue os céus” e desça para mostrar Sua presença novamente.

O profeta reconhece os pecados e a impureza do povo, comparando suas ações justas a “trapos de imundícia.” Ele admite que o afastamento de Deus foi consequência da desobediência e da dureza de coração do povo. Isaías também reforça que Deus é o oleiro e o povo é o barro — ou seja, Deus tem autoridade e poder para moldar e transformar Israel.

Isaías clama por misericórdia e pede que Deus não fique irado para sempre, suplicando para que Ele olhe novamente para o povo como Seu próprio povo. A destruição de Jerusalém e do templo é mencionada como prova da necessidade urgente de intervenção divina.

👉 Mensagem central: Isaías expressa arrependimento, reconhece a soberania de Deus e pede que Ele atue com compaixão para restaurar Israel.

 

Resumo de Isaías 65

Isaías 65 traz a resposta de Deus à oração de Isaías (em Isaías 64). Deus declara que Ele sempre esteve disponível para o Seu povo, mas eles O rejeitaram, escolhendo seguir seus próprios caminhos e práticas pecaminosas, incluindo idolatria e rituais impuros.

  1. Deus condena a rebeldia do povo
  • Deus diz que se revelou até para aqueles que não O procuravam, mostrando Sua paciência e misericórdia.
  • No entanto, o povo escolheu provocá-Lo com adoração a ídolos e práticas ofensivas, como comer alimentos impuros e seguir costumes pagãos.
  1. Julgamento e salvação
  • Deus anuncia que haverá julgamento para os desobedientes, mas Ele poupará um remanescente fiel.
  • Os fiéis herdarão as promessas de Deus, incluindo paz, prosperidade e restauração na terra.
  • Os rebeldes, porém, sofrerão punição e destruição.
  1. A promessa de um novo céu e uma nova terra
  • Deus promete criar “novos céus e nova terra” onde não haverá mais sofrimento, morte ou injustiça.
  • Nesse novo reino, haverá alegria constante, vidas longas e harmonia entre as pessoas e a natureza — até o lobo e o cordeiro viverão em paz.

👉 Mensagem central: Deus oferece salvação e restauração para os que permanecem fiéis, mas aqueles que rejeitam Sua vontade enfrentarão julgamento. A promessa de um novo céu e nova terra simboliza o futuro glorioso para o povo de Deus.

 

 

Resumo de Isaías 66

Isaías 66 é o capítulo final do livro de Isaías, onde Deus fala sobre o julgamento e a restauração final. Ele reforça Sua soberania, rejeita a hipocrisia religiosa e promete bênçãos para os fiéis e juízo para os rebeldes.

  1. Deus rejeita a falsa adoração
  • Deus lembra que Ele é o Criador de tudo e que o templo não pode contê-Lo.
  • Ele rejeita os sacrifícios e rituais vazios feitos sem um coração sincero.
  • Deus valoriza os humildes e contritos de coração, aqueles que tremem diante de Sua palavra.
  1. Julgamento para os desobedientes
  • Deus condena os que seguem práticas idólatras e desobedecem à Sua vontade.
  • Aqueles que confiam em rituais vazios, mas vivem em pecado, serão castigados.
  1. Restauração e alegria para o povo fiel
  • Deus promete restaurar Jerusalém como uma mãe que consola e nutre seus filhos.
  • Os fiéis experimentarão paz, alegria e prosperidade.
  • As nações gentias também serão atraídas para o povo de Deus, reconhecendo Sua glória.
  1. Novo céu e nova terra
  • Deus reafirma que criará um novo céu e uma nova terra, onde Seu nome será adorado por todas as nações.
  • Os fiéis viverão em constante adoração a Deus, enquanto os rebeldes enfrentarão vergonha e destruição eterna.

👉 Mensagem central: Deus promete restauração e bênçãos para os que permanecem fiéis e obedientes, enquanto os desobedientes e idólatras enfrentarão julgamento e condenação. A nova criação será um lugar de paz e glória eterna para o povo de Deus.

 

O que significaria Novos céus e nova terra para os judeus do tempo de Isaías?

Para os judeus do tempo de Isaías, a promessa de “novos céus e nova terra” (Isaías 65:17; 66:22) teria um significado profundamente ligado à restauração nacional, à justiça divina e à renovação da aliança de Deus com Seu povo. Aqui estão alguns pontos sobre como essa ideia poderia ser entendida por eles:

  1. Restauração de Israel
  • O povo judeu enfrentava períodos de opressão, exílio e destruição (como o exílio babilônico que viria depois).
  • “Novos céus e nova terra” poderia significar a reconstrução de Jerusalém e um tempo de paz, prosperidade e fidelidade a Deus.
  1. Um Reino de Justiça e Paz
  • Os judeus esperavam um futuro onde Deus corrigiria injustiças e eliminaria a idolatria e a opressão.
  • O novo mundo prometido por Isaías traria alegria, longevidade e harmonia entre a natureza e a humanidade.
  1. Renovação da Aliança com Deus
  • A expressão poderia simbolizar uma renovação espiritual, onde Israel voltaria a viver em obediência e fidelidade a Deus.
  • Deus seria plenamente reconhecido e adorado por Seu povo, sem a rebeldia e o pecado que causavam separação.
  1. Inclusão das Nações
  • Isaías menciona que gentios (não judeus) também fariam parte desse futuro restaurado.
  • Isso marcaria uma transformação radical na relação de Deus com o mundo.

Conclusão

Para os judeus da época de Isaías, “novos céus e nova terra” não significava necessariamente uma recriação literal do mundo, mas sim uma renovação do relacionamento entre Deus e Seu povo, com bênçãos, paz e justiça restauradas. Era a esperança de um futuro glorioso onde Israel seria restaurado e viveria sob o governo perfeito de Deus.

 

Isso aconteceu?

Depende do ponto de vista! A promessa de “novos céus e nova terra” em Isaías 65-66 pode ser analisada de diferentes formas, dependendo de como interpretamos o cumprimento da profecia.

  1. Cumprimento Parcial na História de Israel
  • Após o exílio na Babilônia (586-539 a.C.), Israel experimentou uma restauração parcial. O templo foi reconstruído (Esdras e Neemias), Jerusalém foi repovoada e houve um período de renovação religiosa.
  • No entanto, essa restauração não trouxe a era de paz e justiça perfeita descrita em Isaías. Israel ainda enfrentou domínio estrangeiro (persas, gregos, romanos) e não experimentou um governo totalmente justo e divino.
  1. Cumprimento Espiritual (Interpretação Cristã)
  • No Novo Testamento, Jesus e os apóstolos interpretam essa promessa como algo maior que a restauração de Israel.
  • Em 2 Pedro 3:13 e Apocalipse 21:1, “novos céus e nova terra” são associados à consumação final do Reino de Deus, após o juízo final.
  • Para os cristãos, essa profecia começou a se cumprir com a vinda de Jesus, mas só será totalmente realizada na eternidade.
  1. Ainda Não Se Cumpriu Completamente?
  • Do ponto de vista judaico, muitos acreditam que essa promessa ainda não se cumpriu totalmente, pois o mundo ainda enfrenta injustiça, dor e sofrimento.
  • Alguns esperam um futuro Messias que estabelecerá essa nova era de paz e justiça sobre a terra.

 

Conclusão

  • Historicamente? Houve uma restauração parcial, mas não na grandeza descrita por Isaías.
  • Cristãmente? A profecia começou a se cumprir com Jesus, mas será totalmente realizada no futuro.
  • Judaicamente? A esperança da renovação completa ainda aguarda cumprimento.

Então, dependendo da perspectiva, podemos dizer que aconteceu em parte, mas o cumprimento total ainda é aguardado por muitos.

 

64.1-6 – A aparência de Deus e tao intensa, que se assemelha ao fogo ardente, que a tudo consome em seu caminho. Como poderemos ser salvos sendo tao impuros? Somente pela misericórdia divina. Os israelitas haviam experimentado a presença de Deus no monte Sinai (Ex 19.16-19). No encontro de Deus com Moises, houve relâmpagos e trovões, muita fumaça e um terremoto. Se nós encontrássemos hoje com Deus, a sua gloria nos deixaria completamente admirados, especialmente se olhássemos para o nosso “trapo de imundícia” (64.6).

64.6 – O pecado nos torna impuros e nos impede de nos aproximarmos de Deus (6.5; Rm 3.23), como se fossemos pedintes em trapos imundos, desejando participar da mesa de um rei. Nossos melhores esforços ainda estão contaminados com o pecado. Portanto, a nossa única esperança e a fé em Jesus Cristo — o único que nos pode purificar e levar a presença de Deus (teia Rm 3). Esta passagem pode ser facilmente mal interpretada. Ela não quer dizer que Deus nos rejeitará se formos a Ele em fé, nem que Ele despreza nossos esforços para agradá-lo. Na verdade, ela significa que se implorarmos a sua aprovação, baseados unicamente em nossa “boa” conduta, Deus respondera que a nossa justiça não e mais que trapos imundos, quando comparada a sua infinita justiça. Esta mensagem destina-se principalmente as pessoas que não se arrependem, e não aos verdadeiros seguidores de Deus.

65.1 – Israel considerava-se o único povo de Deus, mas chegaria o tempo em que outras nações também o buscariam. Em Romanos 10.20, Paulo menciona a declaração de Isaias, destacando que essas outras nações eram compostas de gentios.  Atualmente, o povo de Deus e representado por aqueles que aceitam a Jesus Cristo como Salvador e Senhor, sejam judeus ou gentios. O evangelho é para todos. Ao compartilhar as Boas Novas, não ignore ou rejeite quem quer que seja. Você pode surpreender-se ao ver quantas pessoas estão sinceramente buscando a Deus.

65.3-5 – Deus afirmou que essas pessoas desobedeceram diretamente as suas leis, quando ofereceram sacrifícios e adoraram a ídolos (Ex 20.1-6), consultaram os mortos e os maus espíritos (Lv 19.31) e comeram alimentos proibidos (Lv 11).  Eram tao perversas a ponto de se julgar mais consagradas que as outras. Jesus as chamou de hipócritas (Mt 23.13 36).

65.6 – Deus avisou que castigaria as pessoas pelos seus pecados. O julgamento não é tarefa nossa, mas dEle; somente Ele é justo. Quem mais conhece a nossa mente e o nosso coração? Quem mais e capaz de decidir se uma punição ou recompensa e realmente justa?

65.8,9 – Deus sempre preservará um remanescente fiel de seu povo. Não importa o quanto o mundo seja mau. haverá sempre alguns que permanecerão fieis a Ele. Jesus realçou esse aspecto em Mateus 13.35-43.

65.10 – Sarom era uma planície localizada na região ocidental de Israel. O vale de Acor estava situado a leste, nas proximidades de Jericó, e era também chamado de vale da Desgraça, porque foi lá que Acã foi executado por ter escondido os despojos da batalha (Js 7.10-26). Até nesse vale haverá paz: a restauração futura será completa.

65.17-25 Em 65.17 1O tomos uma vívida ilustração dos novos céus e da nova terra. Serão eternos, e neles a segurança, a paz e a abundancia estarão a disposição de todos (ver também 66.22,23; 2 Pe 3.13; Ap 21.1). Os vv. 20-25 podem referir-se ao reinado de Cristo na terra, porque o pecado e a morte ainda não foram definitivamente destruídos.

66.1 – Até mesmo o maravilhoso templo de Jerusalém era insuficiente para um Deus que se acha presente em toda parte. Deus não pode ser confinado a uma estrutura humana (ver 2 Cr 6.18;

At 7.49,50). Este capitulo representa um clímax apropriado ao livro. Deus exaltará os humildes, julgara todos os homens, destruirá os iníquos, reunirá todos os crentes e estabelecera os novos céus e a nova terra. Que esta esperança lhe sirva de estimulo e encorajamento a cada dia.

66.2,3 – Estes versículos-chave resumem a mensagem de Isaías. Ele contrastava as pessoas humildes, que têm um profundo respeito pelas mensagens de Deus e sua aplicação a vida. Com aquelas que escolhem o seu próprio caminho. Os sacrifícios dos arrogantes representam apenas uma religiosidade exterior. Em seu coração, eles são assassinos, pervertidos e idólatras. Deus concede sua misericórdia aos humildes, porém amaldiçoa os orgulhosos e os autossuficientes (ver Lc 1.51 -53). A nossa sociedade incita-nos a assertividade e a autoafirmação. Não permita que a sua liberdade e o seu direito de escolha levem a sua vida para longe do caminho de Deus. que conduz a vida eterna.

66.7-9 – Deus não deixará inacabada a sua obra de restauração nacional. Nesta imagem de um nascimento, Deus mostra que realizará tudo aquilo que prometeu. E isso será tao inevitável quanto o nascimento de uma criança. Quando todo o sofrimento termina, começa a alegria.

66.15-17 – Esse e um quadro vívido do grande julgamento que acontecerá na segunda vinda de Cristo (2 Ts 1.7-9).

66.19 – Aqueles que fazem parte do povo de Deus partirão como missionários a todos os lugares da terra — Társis (Espanha); Líbia, no norte da África; Lude. no oeste da Ásia Menor; Tubal, no noroeste da Ásia Menor; e Grécia.

66.22-24 – Isaias conclui este livro com um grande drama. Para os ímpios, o retrato do julgamento; para os fiéis, o quadro glorioso de uma rica recompensa: como os novos céus e a nova terra que hei de fazer estarão diante de mim, diz o Senhor. assim há de estar a vossa posteridade e o vosso nome”. O contraste e tão assustador que parece que todos desejarão ser seguidores de Deus. No entanto, muitas vezes somos tão rebeldes, insensatos e relutantes as mudanças quanto os israelitas. Somos negligentes em alimentar os famintos, trabalhar pela justiça e obedecer a Palavra de Deus. Não poupe esforços para estar entre aqueles que serão ricamente abençoados.