LICÃO 02: Filipenses 02 – A Vida Cristã em Unidade e Humildade

LICÃO 02: Filipenses 02 – A Vida Cristã em Unidade e Humildade

Leitura Bíblica com Todos

Filipenses 2.1-30

Verdade Prática

Cada crente é chamado a imitar Jesus Cristo nas atitudes e na essência.

Texto Áureo

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.”
Fp 2.5

INTRODUCÃO

I. ELEMENTOS DA UNIDADE (2.1-4)

1. Um Imperativo 2.2

2. Humildade 2.3

3. Solicitude 2.4

II. SUPREMO EXEMPLO (2.5-11)

1. Sua grande Decisão e Renúncia 2.7

2. Sua grande Obediência 2.8

3. Sua grande Exaltação 2.9

III. DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO (2.12-30)

1. Cuidando do testemunho pessoal 2.15

2. Aguardando o Senhor 2.16

3. Bons Relacionamentos 2.25

APLICAÇÃO PESSOAL

DEVOCIONAL DIÁRIO

SEGUNDA – Fp 2.2

TERÇA – Fp 2.3

QUARTA – Fp 2.4

QUINTA – Fp 2.7

SEXTA – Fp 2.8

SABADO – Fp 2.15

HINOS DA HARPA: 77 – 175

INTRODUÇÃO

Dos livros do Novo Testamento, Filipenses é o que contém menos censura. Mas fica claro que havia a necessidade de que fossem exortados acerca da unidade e ameaça do orgulho.

I. ELEMENTOS DA UNIDADE 2.1-4

A unidade da Igreja é obra do Espírito de Deus e nosso papel é preservá-la. Não a fazemos, mas podemos prejudicá-la. Partidarismos, disputas pessoais, invejas e estrelismos não podem ter espaço no corpo de Cristo.

1. Um Imperativo (2.2)
Completai a minha alegria, de modo que penseis a mesma coisa, tenhais o mesmo amor, sejais unidos de alma, tendo o mesmo sentimento.
A unidade é um dom, um presente dado pelo Espírito Santo aos cristãos. Sua preservação é um imperativo. Deus não habita no meio de um povo dividido. Jesus orou pela unidade do seu povo, pois sabia que Satanás tentaria por todos os meios dividir os seus (Jo 17.22-24). Talvez uma das maiores dificuldades da Igreja de Cristo nos dias de hoje seja esta: manter a unidade. Há muita carreira solo, competição e buscas por primazia nos nossos arraiais.
A unidade não deve existir com desprezo e sacrifício da verdade, mas a verdade não elimina a unidade. Precisamos considera que unidade não significa uniformidade absoluta em todas as coisas. Lutar pela unidade não é no fazer iguais, mas nos fazer um em Cristo. Na Igreja existe variedade de ministérios e de opiniões em assuntos secundários. Por essa razão precisamos do amor.

Uma ilustração nos ajudará: conta-se de uma reunião que houve entre as ferramentas de uma marcenaria. A lixa solicitou a exclusão do martelo, pois ele ficava batendo em tudo e fazia muito barulho. O martelo concordou, mas disse que a lixa era muito áspera grossa. O parafuso foi acusado de ficar dando muitas voltas para chegar ao seu propósito. Logo falaram da régua, que se achava certinha se julgava no direito de medir tudo No meio desta discussão aparece o Senhor Marceneiro, que reuni todas as ferramentas e com habilidade utilizou cada uma e fez um móvel maravilhoso e perfeito.

2. Humildade 2.3

Nada façais por partidarismo o vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo.
Humildade é a correta com preensão de si mesmo. Nem e excesso, nem em falta. Se ela falta a unidade estará ameaçada. Com pode haver unidade quando cada um está pensando unicamente em si mesmo? Considerar os outros superiores não é servilismo, é honra, é dispor-se a servir. Os olhos do cristão verdadeiro estão atentos à necessidade dos outros. Sem humildade não existirá submissão de uns para com os outros. A humildade é a virtude que mantém a unidade. O arrogante briga por espaços, por holofotes e prestígios. O humilde serve com alegria nos bastidores, fazendo aquilo que parece insignificante. A caminhada cristã é uma caminhada de humildade, aprendendo do Cristo manso e humilde de coração.

3. Solicitude 2.4

Não tenha cada um em vista o que é propriamente seu, senão também cada qual o que é dos outros.
A humildade vem acompanhada da solicitude autêntica. Solicitude é boa vontade, empenho, interesse, um desejo sincero de atender da melhor maneira possível, de modo que o outro seja servido. Parafraseando o texto, seria: “Ajudem os outros em sua jornada. Esqueçam de vocês o suficiente para estender a mão e ajudar.” Com essa atitude de serviço sacrifical, quando a desunião teria lugar?
O apóstolo deixa implícito que o crente deve também buscar seus interesses pessoais, sem problema. Mas os interesses dos outros irmãos também estão em seu campo de visão e haverá solicitude e recursos suficientes para abençoá-los.

II. O SUPREMO EXEMPLO 2.5-11

A exortação à unidade por meio da humildade e solicitude é ligada a Jesus como o exemplo supremo de renúncia. Esse é o argumento final do apóstolo. O trecho é provavelmente um hino cristão primitivo, talvez escrito pelo próprio Paulo.

1. Sua Grande Decisão e Renuncia 2.7

Antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana.
Todo o trecho (2.5-11) é um resumo daquilo que Cristo foi antes, durante e depois da encarnação. Tudo começou com sua decisão e renúncia. O esvaziamento de Cristo é tradução de uma palavra que literalmente significa “tirar algo de um recipiente até que nada fique”. Não significa que Jesus se esvaziou da sua divindade, mas uma limitação voluntária das suas prerrogativas e glória celestial. Toda a trajetória seguida por Jesus é um “soco no estômago” dos nossos corações egoístas e vaidosos.

A teologia de Paulo está conectada à vida. O pano de fundo da sua argumentação é que se Jesus, o Filho de Deus e a segunda pessoa da Trindade, foi capaz de um ato de renúncia de tal magnitude em prol de pecadores, por que nós ficaríamos agarrados a supostos direitos, exigindo tratamento especial e comprometendo a unidade do Corpo de Cristo?
2. Sua grande obediência 2.8
A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz.
Sua humilhação não foi imposta nem tampouco encenada. Ele mesmo se voluntariou e assumiu isso. Obedecer é render-se, colocar-se um nível abaixo. Não existe obediência autêntica se ela for forçada. A maravilha das maravilhas e essa. Deus se revestir de carne e unir o seu ser a nós, tornando-se gente e indo até a cruz. A cruz de Cristo é a grande ênfase de toda a Bíblia.
A cruz foi o mais alto grau da obediência de Jesus, o nível mais elevado. Ele não apenas se tornou um ser humano, mas morreu a mais humilhante e vergonhosa morte a morte de cruz. Ele desceu uma escada de autodoação e não de egoísmo. De Eterno Rei do céu a morrer como um criminoso amaldiçoado. Tudo por obediência, como Ele mesmo diz: “…Não procuro a minha própria vontade, e sim a daquele que me enviou” (Jo 5.30). O amor de Deus é expresso na cruz de modo superlativo. 

3. Sua grande exaltação 2.9
Pelo que também Deus o exaltou sobremaneira e lhe deu o nome que está acima de todo nome.
Jesus assumiu a forma de Servo. Sendo o dono de todas as coisas, torna-se Servo de todos, sem deixar de ser dono. Essa sua grande renúncia o levou a merecer a mais elevada das recompensas. Dos versos 6 a 8 a ênfase está naquilo que Jesus fez, agora acentua–se aquilo que Deus fez para Ele e por Ele.
“Exaltou sobremaneira” é uma expressão idiomática de Paulo para mostrar o quanto ela foi incomparável. É a tradução de um verbo que só aparece aqui em todo o Novo Testamento. Ele recebe um nome que está acima de todos os nomes e que exige a rendição de todos aos seus pés (Ef 1.22.23), Todos os seres morais de todos os “mundos” (céu, terra e debaixo da terra) reconhecerão que Jesus é o Senhor absoluto de todo o universo visível e invisível. Hoje essa rendição é voluntária e pela fé, trazendo vida eterna aos que creem, mas um dia ela será imposta e sem o benefício da salvação. Os filipenses deveriam observar: Deus exalta quem se humilha.

III. DESENVOLVENDO A SALVAÇÃO (2.12-30)
A obediência dos filipenses não podia depender da presença física de Paulo. O apóstolo diz que agora era necessário que eles desenvolvessem, colocassem em prática, aplicassem ao viver diário sua nova relação com Deus, mesmo na ausência dele.

1. Cuidando do testemunho pessoal  2.15

Para que vos torneis irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, na qual resplandeceis como luzeiros no mundo.
Embora a salvação nos seja oferecida como um presente e uma dádiva de Deus, independente das obras, ela precisa ser desenvolvida (não conquistada) com temor numa vida de santificação, a qual só é possível por Deus estar agindo em nós (2.13).
O crente que somente obedece quando está sendo observado está mais preocupado em agradar aos homens do que a Deus. Em vez disso, o chamado divino é para sermos irrepreensíveis e sinceros. Irrepreensível é aquele que não oferece motivo para ser repreendido e sincero expressa a ideia de não adulterado ou corrompido. Nos tempos antigos, alguns oleiros ocultavam as trincas dos vasos com cera. Um bom vaso, portanto, era “sem cera”. Dessa prática nasceu a palavra “sincero”.
O testemunho do crente precisa ser tal nesse mundo perdido que ele seja comparado a um luzeiro iluminando um lugar escuro. Ninguém é chamado a um isolamento alienante, mas a ser luz na escuridão moral e espiritual do mundo.
2. Aguardando o Senhor 2.16

Preservando a palavra da vida, para que, no Dia de Cristo, eu me glorie de que não corri em vão, nem me esforcei mutuamente
O dia da vinda do Senhor lança sua luz em todo o viver cristão. A vida do crente é, toda ela, uma preparação para esse grande dia quando o verdadeiro caráter de cada um será revelado. A nossa esperança não está na melhoria deste mundo, embora trabalhemos para isso. Nossa esperança esta na vinda de Jesus. Ela é enfatiza da nesta carta (1.6,10: 2.9-11,16 3.20,21:4.5)
Paulo expressa sua confiança de que no último dia, quando seu trabalho será testado, a obediência e firmeza dos filipenses garantirá que sua carreira não foi em vão. Não há nada melhor que os crentes possam fazer por seus pastores do que viver as verdades da Palavra de Deus, pregada e ensinada por eles.
A melhor forma de aguardar a vinda de Cristo é investindo na vida de outros. Quem assim faz como Paulo, terá alegria quando comparecer diante dele

3. Bons relacionamentos 2.25

Julguei, todavia necessário mandar até vos Epafrodito, por um lado meu irmão cooperador e companheiro de lutas; e, por outro, vosso mensageiro e vos auxiliar nas minhas necessidades
Filipenses 2.19-30 Apresenta nominalmente três pessoas cujas vidas são exemplares e piedosas Paulo, Timóteo e Epafrodito. Já foi muito bem colocado que o reino de Deus é um reino de amigos. Não somos adversários nem concorrentes, mas servos uns dos outros. Paulo sabia que a vida cristã é relacional. Não somos apenas eu e Deus, mas eu, Deus e meu próximo. Deus e nós; não Deus e eu. Depois de mencionar Timóteo e seu caráter altruísta (ele colocava os interesses de Cristo acima dos seus), ele destaca Epafrodito, o enviado da Igreja de Filipos para servi-lo. Seu nome significa “encantador” ou “agradável”. A descrição que Paulo faz de Epafrodito é exaustiva mente positiva: irmão, cooperado companheiro de lutas e auxiliador. Como precisamos de gente assim

Epafrodito foi uma bênção para Paulo e para sua igreja local Trabalhador incansável, chegou aos limites da morte para servi (2.26,27). Juntos, ele e Timóteo mostram o valor dos relaciona mentos no reino de Deus. Charles Swindoll disse que “amigos são como árvores frondosas que oferecem sombra em tempos difíceis Porém, só os têm quem planta!”.

RESPONDA. CERTO OU ERRADO

1. QUANDO FALTAR HUMILDADE A UNIDADE ESTARÁ AMEAÇADA

2. APRENDEMOS QUE NA ENCARNAÇÃO JESUS DEIXOU DE SER DEUS

3. A MELHOR FORMA DE AGUARDAR A VINDA DE CRISTO É INVESTINDO NA VIDA DE OUTROS.

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR

Afora o suplemento do professor, todo o conteúdo de cada lição

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA

Em Filipenses 2 há 30 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Filipenses 2.1-30 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia.

Olá, professor(a)! A lição que estudaremos a seguir nos faz um alerta acerca da necessária conservação da unidade da Igreja. Ainda que haja opiniões diversas sobre temas secundários, de modo algum devemos rivalizar ou polemizar. Temos visto debates excessivos, supostamente em nome da verdade, movidos por egos inflados que se afastaram da prática da humildade. Alerte os irmãos e irmãs para que reflitam sobre os perigos da vaidade, pois o próprio Jesus renunciou à glória, esvaziou-se, para fazer-se o menor dos homens.

Quando somos conscientes de que o Dia de Cristo se aproxima, conservamos a sinceridade e a obediência até que possamos nos apresentar irrepreensíveis diante do Senhor.

OBJETIVOS

•Reconhecer a importância da unidade entre os irmãos;

•Refletir sobre os perigos da vai-dade;

•Buscar o aperfeiçoamento até que o Senhor venha.

PARA COMEÇAR A AULA

Comece avisando a todos que dessa vez só poderão iniciar a aula quando todos doarem qual-quer um de seus objetos (relógios; aneis, canetas, bíblias, celular etc.) para a ação social de ajuda humanitária. Em seguida, convide-os para nos unir a Ele. Estamos dispostos a abrir mão do que é nosso para que haja unidade entre nós? O quanto realmente valorizamos a comunhão com Cristo e com os irmãos?

RESPOSTAS DAS ATIVIDADES DA LIÇÃO

1) C

2) E

3) C

Leitura Adicional

SEDE UNIDOS NO VERDADEIRO AMOR! Paulo empenha-se pela unidade plena e profunda da igreja. Para nossa vergonha nosso cristianismo tão dividido e dilacerado precisa perceber a grande intensidade com que Paulo se preocupava com a unidade real da igreja, vivida aqui e agora Para ele, a “una e santa igreja” não era apenas “objeto da fé”! Ele não visualizava o fundamento dessa unidade na “unidade da doutrina” nem a considerava sensivelmente ameaçada por diferenças no entendimento. Na presente passagem não se dá a menor atenção a essa questão. O que decide o fundamento da unidade ou a ameaça contra ela são coisas bem diferentes. A história da igreja evangélica, quando apoiada na “doutrina evidenciou que essa maneira só leva a novos cismas, justamente porque nosso entendimento é “fragmentário” e por isso incompleto, e logo também diferente em todos nós. Sem dúvida o phronein aparece no centru deste bloco, definindo a unidade real da igreja: “que penseis a mesma coisa” e novamente “tendo o mesmo pensamento” (v. 2). Phronein certamente significa “pensar”, mas como o v. 5 mostra com peculiar clareza, não se tem em vista o “pensamento” teórico do teólogo, mas o pensar prático, subordinado ao querer, o “considerar que…”, a “mentalidade Trata-se do phronein de Jesus Cristo, que neste caso não é o raciocínio doutrinário, com o qual o eterno Filho de Deus sem dúvida poderia ter apresentado uma imagem condizente de todas as coisas. Aqui se trata do “pensamento” que conduziu o Filho de Deus do trono da glória para a vergonha da morte na cruz! Na unidade desse “pensar”, e não na unidade do conhecimento e da doutrina, é que reside a sólida e indestrutível uni dade da igreja. Se todos “pensarem” da maneira como Jesus Cristo tam bém pensou, como ele morreu por pecadores, não poderão se separar. hão de apegar-se aos irmãos.

 

Livro: “Cartas aos Efésios, Filipenses e Colossenses” (Werner de Boor. Comentando Esperança. Tradução de Werner Fuchs, Curitiba, Editora Evangélica Esperança, 2006 p. 32)

VÍDEOS DE APOIO PARA O PROFESSOR. UMA PRÉVIA DA AULA.

PRÉ AULA DA EBD LIÇÃO 02. PECC KIDS TV

 

CULTO DA FAMILIA COM ESCOLA DOMINICAL NO TEMPLO CENTRAL – ESTUDO DA LIÇÃO 02

CREDITOS: TV BOAS NOVAS

RESUMO DA EBD – LIÇÃO 02: A VIDA CRISTÃ EM UNIDADE E HUMILDADE

Um Comentário

  1. SILVANA DA FONSECA DOS SANTOS

    EBD do templo do Arsenal é uma benção aprendemos com Jesus e com os professores que Deus continue abençoando a todos é muito bom estar na escola bíblica