Lição 07: Isaías 36 a 39 – Ascensão e Queda de Ezequias

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

COMENTÁRIOS

36.4-6 O cap. 19 descreve a profecia de Isaías a respeito do juízo divino sobre o Egito, enquanto os caps. 30 e 31 pronunciam os “ais” sobre aqueles de Judá que se aliariam ao Egito, ante ao iminente ataque da Assíria. Senaqueribe, da Assíria. estava escarnecendo doe Judá por ter confiado no Egito. Até os assírios sabiam que o Egito não poderia ajudar Judá.

36.5 Ezequias tinha muita confiança na promessa de Faraó de ajudar Israel contra os assírios. Promessas, porém, valem tanto quanto a credibilidade de quem as faz. Tratava-se da palavra de faraó contra a palavra de Deus. Quantas vezes procuramos, rapidamente, o conselho de seres humanos e negligenciamos as eternas promessas de Deus. Ao escolher entre a Palavra de Deus e a de alguém em qual delas você acreditará?

36.7 – O representante do rei da Assíria alegava que Ezequias havia insultado a Deus quando destruiu os seus altares e obrigou o povo a adorar somente em Jerusalém. Entretanto, a reforma de Ezequias visava eliminar a adoração aos ídolos (que acontecia principalmente nas colinas), para que o povo adorasse somente o verdadeiro Deus. Ou os assírios não conheciam a religião do Deus verdadeiro, ou pretendiam enganar o povo. fazendo-o crer que haviam enfurecido um deus poderoso. Da mesma forma. Satanás procura nos enganar e confundir. As pessoas não precisam ser necessariamente pecadoras para se tornar inúteis perante Deus; basta estarem confusas a respeito de sua legitima vontade. Para evitar o engano de Satanás, devemos estudar cuidadosa e regularmente a Palavra de Deus. Quando compreendemos aquilo que Deus diz, não somos enganados pelas mentiras de Satanás.

36.10 – Senaqueribe continuou sua campanha de desmoralização e enviou um representante para tentar convencer o povo de Judá de que Deus os havia abandonado. Os assírios esperavam convencê-los a render-se sem lutar. Mas Isaías já havia dito que os assírios não destruiriam Jerusalém; portanto, não era necessário temê-los (10.24-27; 29.5-8).

36.11 – Nessa época o aramaico era uma língua internacional. Veja também em 22.15-25 as profecias de Isaías a respeito de Eliaquim e Sebna.

36.17 – O representante de Senaqueribe tentou ainda outro ardil para desmoralizar o povo. Ofereceu aos habitantes famintos da cidade sitiada uma terra abundante de alimentos; a condição era que depusessem as armas. A política dos assírios em relação às nações subjugadas consistia em relocar seus habitantes e, em seguida, transferir outros povos dominados para a área recentemente conquistada. Esta era uma forma de aumentar o contingente de seus exércitos e evitar revoltas nos territórios conquistados.

36.19-20 O representante do rei afirmou que os deuses das outras cidades conquistadas não tinham sido capazes de salvar o povo como o Deus de Jerusalém poderia salvá-los? O Senhor era supostamente o Deus de Samaria (do Reino do Norte), mas ela foi derrotada. Entretanto, o Senhor era o Deus de Samaria apenas nominalmente, porque o povo não o estava adorando. Foi por esta razão que os profetas previram a queda de Samaria. Contudo, por amor ao seu nome e ao nome de Davi, o Senhor salvaria Jerusalém do exército assírio (37.35).

37.3 – Judá é comparada a uma mulher que está tentando dar à luz uma criança, mas acha-se demasiadamente fraca para o parto. Ezequias não desistiu. Antes, pediu ao profeta Isaias que orasse, buscando a ajuda de Deus para o seu povo Não importa o quanto as circunstâncias possam parecer difíceis, não se desespere, busque a Deus.

37.4 – Ezequias fez exatamente o que Isaias pediu que o povo fizesse (caps. 1 —35). Buscou a Deus e pôde contemplar o auxílio que o Senhor concedeu a Judá. Buscar a Deus significa crer que Ele está presente e que é capaz de ajudar.

37.8-10 – Ezequias não sabia, mas a resposta a sua oração já estava a caminho, embora Tiraca estivesse prestes a atacar. Ele persistiu em oração e fé, mesmo que não pudesse perceber a chegada da resposta. Quando oramos, devemos crer que Deus já nos preparou a melhor solução. Nossa obrigação e pedir com fé e esperar com humildade.

37.16 – Os querubins são anjos poderosos. A frase “habitas entre os querubins” refere-se ao propiciatório sobre a Arca da Aliança, que simbolizava a santidade, o poder e a soberania de Deus.

37.29 – Essa era uma tortura comum que os assírios impunham aos prisioneiros. Eram muitas vezes, conduzidos com anzóis no nariz ou freios na boca. como forma de humilhação. O Senhor estava ameaçando fazer com os assírios o mesmo que eles faziam com outros povos.

37.35 – Deus defenderia Jerusalém por amor à sua própria honra e por amor a Davi, cumprindo a promessa que lhe fizera. Os assírios haviam insultado a Deus: não serviriam, portanto, como instrumento para punir Jerusalém. Deus faria tudo aquilo que Jerusalém não pudesse fazer Ele pode fazer o impossível; basta que confiemos o bastante e o peçamos.

37.38 – A morte de Senaqueribe havia sido predita por Isaías em 10 12.33,34 e em 37.7. Também está registrada em 2 Reis 19 – Os eventos registrados nos caps. 38 e 39 aconteceram antes daqueles descritos nos caps. 36 e 37.

38 1-8 – Esta passagem é um paralelo a 2 Reis 20.1-11; 2 Crônicas 32.24-26.32.24-26.

38 1-8 – Quando Isaias procurou Ezequias, que se achava extremamente enfermo, e o avisou de sua morte iminente. Ezequias logo voltou-se a Deus. O Senhor respondeu-lhe a oração, e permitiu que vivesse mais 15 anos. Se você estiver enfrentando uma grande dificuldade em sua vida. a ponto de não ter esperanças, apresente-a a Deus. Em resposta à sua fervorosa oração. Ele também poderá mudar o curso de sua vida.

38 1-6 – De acordo com 2 Crônicas 32.24-26, Ezequias tinha problemas com o seu orgulho, mesmo após haver alcançado o duplo milagre de ter sido curado e liberto. No final, ele e seus súditos humilharam-se ao Senhor. Por esta razão, o castigo de Deus foi adiado por muitas gerações. Ezequias percebeu que a sua oração lhe trouxera livramento e perdão. Suas palavras “A sepultura não te pode louvar, nem a morte glorificar-te podem revelar que ele não estava consciente das bênçãos da vida futura, que aguardam aqueles que confiam em Deus (57.1,2). ou podem significar que corpos mortos são incapazes de louvar a Deus. Em ambos os casos, Ezequias sabia que Deus lhe havia poupado a vida; assim, em seu poema, oferece louvores ao Senhor. Ezequias reconheceu todo o bem proveniente de sua amarga experiência. Da próxima vez que enfrentar dificuldades, peça que Deus o ajude a extrair delas lições benéficas para a sua vida.

38.19 – Ezequias fala sobre a importância de se transmitir a alegria do Senhor de geração em geração. A herança da nossa fé chegou até nós pela ação de homens e mulheres fiéis, que propagaram a mensagem de Deus através dos séculos. Você compartilha com os seus filhos, ou com outros jovens, a alegria de seu relacionamento com Deus?

39.1 – Merodaque Balada, um príncipe da Babilônia, planejava uma revolta contra a Assíria. Para isso, estava formando uma aliança. Provavelmente esperasse convencer Ezequias a participar. Ezequias, ao sentir-se honrado por essa atenção e talvez por ter alguma simpatia pela proposta, mostrou seus tesouros ao enviado do príncipe. Porém Isaias advertiu-o de que não confiasse na Babilônia. Um dia, a Babilônia se voltaria contra Judá. E devoraria as riquezas de Jerusalém.

39.1 – O que havia de errado em mostrar aos babilônios a nação? Ezequias não percebeu que estes logo se transformariam em sua próxima ameaça. Ao contrário dos assírios, conquistariam a cidade. Quando Isaias lhe disse que um dia a Babilônia levaria todas as riquezas, essa profecia pareceu surpreendente, pois naquele momento a Babilônia estava lutando para conseguir sua independência da Assíria. O orgulho de Ezequias, ao exibir seus tesouros terrenos, foi a causa de todas as consequências (2 Rs 25: Dn 1.1,2). Sua resposta (39.8) pode revelar uma falta de visão, mas ele estava simplesmente expressando sua gratidão pela bênção divina: a paz reinaria durante sua vida, e o castigo de Deus não seria mais severo.

– Ezequias, um dos reis mais fiéis de Judá. trabalhou arduamente em seu reinado para eliminar o culto aos ídolos e purificar a adoração ao Deus verdadeiro no Templo de Jerusalém. Entretanto, ele sabia que o seu reino não era puro. Poderosas correntes ocultas do mal atraíam a destruição. E somente a milagrosa intervenção divina foi capaz de preservar Judá de seus inimigos. Nesta passagem, Ezequias mostra sua gratidão a Deus por ter mantido   paz durante o seu reinado. Logo após a morte de Ezequias, a nação voltou rapidamente às praticas pecaminosas, sob a liderança de Manassés, seu filho. Na verdade, ele reconstruiu

os centros de idolatria que seu pai havia destruído.