REVISTA FILIPENSES, COLOSSENSES E TESSALONICENSES 1 e 2 – CARTAS PARA A VIDA CRISTÃ – LIÇÃO 08: VIVENDO COM SABEDORIA

REVISTA FILIPENSES, COLOSSENSES E TESSALONICENSES 1 e 2 – CARTAS PARA A VIDA CRISTÃ -LIÇÃO 08: VIVENDO COM SABEDORIA 

Texto Áureo 

“Portai-vos com sabedoria para com os que estão de fora; aproveitai as oportunidades”. CI 4.5 

LEITURA BÍBLICA COM TODOS 

Colossenses 4.1-18 

Verdade Prática 

Ser discípulo de Cristo envolve viver com sabedoria e servir com fidelidade. 

INTRODUÇÃO 
I- VIDA DE ORAÇÃO 4.1-4 
1- Perseverança 4.2a 
2- Vigilância 4.2b 
3- Intercessão 4.3-4 
II- SABEDORIA PRÁTICA 4.5-6 
1- Caminhando com sabedoria 4.5a 
2- Aproveitando as oportunidades 4.5b 
3- Palavras temperadas 4.6 
III- COMUNHÃO ATIVA 4.7-18 
1- Cooperação 4.7-9 
2- Encorajamento 4.10-14 
3- Compromisso 4.15-18 


APLICAÇÃO PESSOAL 

DEVOCIONAL DIÁRIO 

SEGUNDA: COLOSSENSES 4.2 

TERÇA: COLOSSENSES 4.3 

QUARTA: COLOSSENSES 4.6 

QUINTA: COLOSSENSES 4.10 

SEXTA: COLOSSENSES 4.16 

SABADO: COLOSSENSES 4.17 


HINOS DA HARPA: 187 – 418


 INTRODUÇÃO 

Em Colossenses 4, Paulo prossegue sua exortação à nova vida cristã, estendendo ainda mais sua aplicação à vida prática. Ele destaca a importância de uma vida de oração constante e vigilante, guiada pela gratidão. Chama os crentes à sabedoria prática nas suas relações pessoais e a uma comunhão ativa e graciosa, especialmente no testemunho aos de fora. Afinal, a fé viva transforma não só o coração, mas também as atitudes diárias. 

I- VIDA DE ORAÇÃO (4.1-4) 

1- Perseverança (4.24)  

Perseverai na oração… 

Paulo destaca o valor da perseverança na vida cristã, associando-a à constância na oração. Quando ele diz para sermos “perseverantes na oração” (v. 2a), ele não sugere uma prática ocasional, mas convoca os crentes a uma vida de compromisso contínuo com Deus; uma disposição persistente de buscar a Deus, mantendo a oração como um fundamento espiritual dessa permanente busca. Jesus ensina que a oração perseverante reflete uma fé que não desiste, mesmo diante de aparentes demoras. A perseverança, então, é tanto uma demonstração de confiança em Deus quanto um meio de fortalecer nossa fé (Lc 18.1; Sl 27.14). 

Como se vê, a perseverança na oração é uma jornada de confiança contínua, sustentada pela certeza de que Deus ouve e age no Seu tempo. Assim, Paulo exorta a Igreja a manter o foco na oração, como Cristo ensinou, sabendo que essa prática transforma o coração e nos ensina a confiar que Deus vê e age, mesmo quando Seus caminhos não são visíveis a nossos olhos (Rm 12.12). 

2- Vigilância (4.2b)  

..Vigiando com ações de graças”. 

Paulo agora nos convida a “vigiar com ações de graças”, enfatizando a importância da vigilância na vida de oração. Vigiar é manter nossos sentidos espirituais atentos, em prontidão, enquanto buscamos a Deus. Isso envolve estar alerta contra distrações, tentação e desânimo, reconhecendo que o inimigo sempre tenta nos desviar (1Pe 5.8). A vigilância na oração nos leva a uma atitude de permanente sobriedade espiritual, permitindo que sejamos guiados pelo Espírito Santo e que nossas orações sejam mais intencionais e eficazes (1Ts 5.6; Rm 8.26-27). O ato de vigiar é um complemento essencial da oração, pois nos mantém em guarda contra os perigos espirituais que podem minar nossa fé e enfraquecer nossa persistência (Mc 14.38; Ef 6.18). Por fim, Paulo conecta essa vigilância com ações de graças, indicando que a gratidão deve marcar nossa atitude de vigilância, fazendo-nos lembrar da fidelidade e bondade de Deus e nos encorajando a permanecer firmes e vigilantes em todas as circunstâncias (1Ts 5.16-18). 

3- Intercessão (4.3-4)  

Suplicai, ao mesmo tempo, também por nós… 

Em Colossenses 4.3, Paulo faz um pedido de intercessão à igreja, mostrando a importância de orarmos uns pelos outros, especialmente no que diz respeito à missão do Evangelho. Ele pede: “orando também juntamente por nós, para que Deus nos abra a porta da palavra, a fim de falarmos do mistério de Cristo”. Como se vê, além de orarmos por nossas necessidades pessoais, somos chamados a interceder pelo avanço da obra de Deus. Em uma sociedade individualista e materialista, a Bíblia nos convida a sair de uma visão centrada em nós mesmos, abraçando a intercessão como instrumento para a expansão do Reino (Mt 6.9-10; Tg 4.3). Orar pela missão do Evangelho e pela capacitação de quem o proclama nos envolve diretamente no propósito de Deus, lembrando-nos de que nossa vida de fé não é isolada, mas parte de um propósito maior e celestial. Essa prática nos desafia a priorizar o Reino, colocando os interesses de Deus acima dos nossos desejos (Mt 6.33). 

II- SABEDORIA PRÁTICA (4.5-6) 

1- Caminhando com sabedoria (4.5a)  

Portai-vos com sabedoria com os que são de fora… 

A expressão “os que são de fora” refere-se aos que não pertencem à fé e essa instrução é essencial em nosso testemunho cristão. Caminhar com sabedoria implica agir com discernimento, prudência e graça, especialmente ao lidar com quem não compartilha da nossa fé. A sabedoria prática que Paulo destaca é o uso cuidadoso das palavras e atitudes, de modo a não afastar, mas atrair as pessoas a Cristo. A Bíblia diz: “o que ganha almas é sábio” (Pv 11.30). Logo, nosso comportamento pode abrir portas para que outros conheçam o Evangelho (Mt 5.16). Agir com sabedoria é demonstrar paciência, compreensão e respeito, evitando atitudes impulsivas que prejudiquem nosso testemunho (Tg 3.17). Essa sabedoria prática inclui viver de forma íntegra e amável, refletindo o caráter de Cristo. Em tempos de ceticismo, portar-se com sabedoria pode tocar corações endurecidos e abrir oportunidades para compartilhar a esperança que há em nós (1Pe 3.1-2 e 15). 

2- Aproveitando as oportunidades (4.5b)  

…. Aproveitai as oportunidades. 

A sabedoria cristã envolve sensibilidade e prontidão para agir. O Espírito Santo usa o Apóstolo Paulo para enxergar cada situação como uma possibilidade de impactar outros com a graça de Cristo. Por isso, devemos buscar maneiras de refletir o amor e a verdade de Deus em momentos cotidianos (2Rs 5.1-3). A Bíblia nos mostra que o tempo é valioso e que devemos usá-lo com propósito (Sl 90.12; Ef 5.16). Aproveitar as oportunidades é enxergar o potencial em cada encontro e em cada conversa, para que a mensagem do Evangelho seja transmitida com graça e clareza. Não sabemos quanto tempo temos e nem quantas oportunidades encontraremos para compartilhar nossa fé (Tg 4.14). Por isso, Paulo nos encoraja a vivermos atentos, prontos para sermos instrumentos nas mãos de Deus. 

3- Palavras temperadas (4.6)  

A vossa palavra seja sempre agradável, temperada com sal.. 

Agora, Paulo destaca a importância de uma fala que reflita graça e sabedoria. De fato, devemos falar de maneira que edifique, cure e preserve, assim como o sal atua nos alimentos. Esse “tempero” em nossa comunicação deve atrair as pessoas, tornando nosso 
testemunho atraente e verdadeiro (Ef 4.29). Jesus também ensinou sobre o poder das palavras, lembrando-nos que elas revelam o que está em nosso coração (Mt 12.34). Portanto, falar com graça e sabedoria não é apenas sobre escolher bem as palavras, mas também sobre cultivar um coração transformado pelo Espírito. Palavras temperadas tocam vidas, trazendo cura, consolo e luz ao mundo (Pv 15.1 e 16.24). Elas diferem do discurso áspero e impaciente, comum em uma sociedade marcada pela pressa e pelo desrespeito. Assim, Paulo nos convida a uma comunicação que espelhe a bondade de Deus, mesmo em conversas difíceis. Que nosso falar seja cheio de empatia, verdade e humildade, refletindo a presença de Cristo em cada diálogo. 

III- COMUNHÃO ATIVA (4.7-18) 

1- Cooperação (4.7-9)  

… Tíquico, irmão amado, e fiel ministro, e conservo no Senhor, de tudo vos informará. 

Nesse trecho bíblico, Paulo menciona Tíquico e Onésimo como exemplos de cooperação no ministério. Ele descreve Tiquico como “amado irmão”, “fiel ministro” e “conservo no Senhor”, enviando-o para informar a igreja sobre sua situação e “consolar” seus corações. Essa descrição revela a importância de parceiros que compartilham da missão e que têm caráter e fidelidade comprovados (Ef 6.21-22). Tíquico, com sua dedicação, torna-se uma extensão de Paulo, levando ânimo e direção à Igreja. Onésimo é descrito como “fiel e amado irmão”, enviado com Tíquico. Esse detalhe é significativo, pois Onésimo, antes escravo fugitivo de Filemom, agora é visto como igual em Cristo e membro precioso da comunidade (Fm 10-12; Gl 3.28). Esses versículos enfatizam a importância da cooperação no corpo de Cristo, onde cada membro, com seus dons e experiências, contribui para fortalecer a Igreja e levar adiante o propósito do Evangelho (Rm 12.4-5; 1Co 12.12). 

2- Encorajamento (4.10-14)  

Saúda-vos Aristarco, prisioneiro comigo, e Marcos, primo de Barnabé… 

Em Colossenses 4.10-14, Paulo menciona diversos colaboradores e amigos, destacando o valor do encorajamento mútuo na caminhada cristã. Ele cita Aristarco, que está preso com ele, mostrando que alguns irmãos estão dispostos a enfrentar dificuldades ao seu lado (At 19.29). Paulo menciona ainda Marcos, incentivando a igreja a recebê-lo, o que sugere que ele superou um período de conflitos passados (At 15.37-39). Esse é um sinal de restauração e perdão, ressaltando como o encorajamento pode restaurar relacionamentos. 

Jesus, o Justo, é citado como um dos poucos “da circuncisão” que trabalha pelo Reino. Sua presença é uma fonte de consolo para Paulo, mostrando que o encorajamento também vem de quem está alinhado com nossa fé e propósito (Pv 27.17). Ele ainda menciona Epafras, que ora com fervor pela igreja para que se mantenha firme e madura na fé, demonstrando que o encorajamento pode vir também através da intercessão (Tg 5.16). Lucas, “o médico amado”, e Demas são lembrados, destacando como cada pessoa, com seus dons e presença, fortalece a fé comunitária. Essa seção revela que o encorajamento é essencial para o fortalecimento espiritual e para nos mantermos firmes e unidos em tempos de provação (Ec 4.9-10; Gl 6.2). 

3- Compromisso (4.15-18)  

A saudação é de próprio punho: Paulo. 

Ao encerrar sua carta aos Colossenses, Paulo enfatiza o compromisso no ministério e na fé cristã, mencionando colaboradores como Lucas, “o médico amado”, que com fidelidade usou seus dons ao lado do apóstolo (2Tm 4.11). Paulo também cita Demas, que mais tarde abandonaria o ministério (2Tm 4.11), lembrando-nos que o compromisso com Cristo requer perseverança e lealdade. A instrução para que a carta seja lida também pelos laodicenses reflete o valor do compromisso coletivo na comunidade, no qual cada igreja é responsável por promover o ensino e a edificação mútua (1Ts 5.27). Esse ato fortalece a união entre os cristãos e garante que o Evangelho permaneça central em todas as comunidades. Paulo ainda exorta o Arquipo a cumprir fielmente o ministério que recebeu, reforçando que cada cristão é chamado a servir com dedicação e zelo (Fm 1.2). Ele encerra a carta com uma saudação de próprio punho, pedindo que se lembrem de suas algemas. Com isso, Paulo se torna exemplo vivo de comprometimento pessoal, mostrando-se disposto a sofrer por amor à Igreja do Senhor e ao Evangelho. 

APLICAÇÃO PESSOAL 

Ore com perseverança, viva com sabedoria e comprometa-se com Cristo e a Igreja. 

RESPONDA 

1) Por que Paulo pede intercessão à igreja? 
R. Para que Deus abra portas para a pregação do mistério de Cristo. 
2) Como nossas palavras devem ser, segundo Paulo? 
R. Sempre agradáveis e temperadas com sal 
3) Que exortação Paulo faz a Arquipo? 
R. Que cumpra fielmente o ministério que recebeu no Senhor. 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR 

ORIENTAÇÃO PEDAGÓGICA 

Em Colossenses 4 há 18 versos. Sugerimos começar a aula lendo, com os alunos, Colossenses 4.1-18 (5 a 7 min.). A revista funciona como guia de estudo e leitura complementar, mas não substitui a leitura da Bíblia. 

Paz do Senhor, professor(a)! Para que a vida do discípulo manifeste o poder de seu Senhor é preciso certa disciplina espiritual. Paulo apresenta algumas ações práticas que se convertem em aperfeiçoamento pessoal e coletivo. Oração constante, vigilância para que nossa atenção não separe do Evangelho e intercessão pelos irmãos são algumas dessas ações. A tudo isso se acrescentam outras formas de agir que caracterizam o sábio, ou seja, aquele que atrai as pessoas até Cristo e, assim, o faz conhecido de todos através do seu exemplo. Mostre aos alunos que a vida cristã é prática e significa amabilidade, paciência, disponibilidade e cooperação. e uma fé madura não rivaliza nem é indiferente. 

OBJETIVOS 

Reconhecer a importância da oração constante; 
Compreender que a sabedoria consiste em atrair as pessoas a Jesus; 
Compreender que a vida cristã exige cooperação. 

PARA COMEÇAR A AULA 

Em um pote transparente você vai acrescentar um pouco de sal, porém o rótulo deve indicar a palavra “açúcar”. Diante de todos, coloque o sal num copo transparente com água e misture bem. Peça a um voluntário que experimente a mistura. A seguir, peça que fale sobre o que esperava e o que realmente experimentou. Conclua explicando que nossas palavras e exemplos devem atrair as pessoas para Jesus ao invés de amargura-las e fazer com que se decepcionem. 

LEITURA ADICIONAL 

“Pouco antes de suas saudações finais, Paulo tem um conjunto final de instruções aos colossenses, referindo-se à sua vida de oração e seu testemunho “aos que estão de fora”. Do mesmo modo que iniciou a carta com uma oração de ação de graças e intercessão (cf. 1.3-8, 9-14), agora encoraja os colossenses a tomarem parte dos mesmos ministérios. (…) Nos versículos 3 e 4, Paulo dá continuidade ao tema da oração, mas agora pede aos colossenses que orem por ele, da mesma forma que havia iniciado a carta orando por eles (..). Seu pedido é triplo: 

1) pede aos colossenses que orem para que “Deus… abra a porta” da oportunidade de compartilhar a Palavra (…). 

2) Paulo pede aos colossenses que orem para que possam ter a mensagem apropriada para anunciar (…). 

3) Paulo pede apoio em oração, de forma que possa anunciar esta mensagem “como convém”. (…) Tomadas em conjunto, as exortações de Paulo sobre a oração e o testemunho apresentam-no como uma pessoa profundamente espiritual e imensamente prática. Este modelo de paixão e praticidade no ministério deve ter deixado uma profunda impressão em suas congregações emergentes, assim como deve fazer em nós”. Livro: “Comentário Bíblico Pentecostal: Novo Testamento” (French L. Arrington; Roger Stronstad, eds. Rio de Janeiro: CPAD, 2003. p. 1357-1358). 

 

VIDEOS DE ESTUDO PARA O PROFESSOR – PRÉ AULA 

VIDEO 01 

RESUMO DA EBD – LICÃO 08 

FONTE: YOUTUBE REVERENDO EDI.S 

VIDEO 02 

AULA DA EBD NO TEMPLO CENTRAL – LIÇÃO 08 

FONTE: YOUTUBE TV BOAS NOVAS 

VIDEO 03 

PRÉ AULA DA EBD – MISSÃO INFANTIL – LICÃO 08 

 FONTE: YOUTUBE PECC KIDS 

 

LIÇÃO ESTUDADA EM 23/11/2025

 


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