REVISTA FILIPENSES, COLOSSENSES E TESSALONICENSES 1 E 2 – CARTAS PARA A VIDA CRISTÃ – LIÇÃO 09: 1 TESSALONICENSES 1 – CARACTERISTICAS DE UMA IGREJA VERDADEIRA 

REVISTA FILIPENSES, COLOSSENSES E TESSALONICENSES 1 E 2 – CARTAS PARA A VIDA CRISTÃ -LIÇÃO 09: 1 TESSALONICENSES 1 – CARACTERISTICAS DE UMA IGREJA VERDADEIRA 

Texto Áureo 

“Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé, da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo.” 1Ts 1.3 

Leitura Bíblica Com Todos 

1 Tessalonicenses 1.1-10 

Verdade Prática 

A maior característica de uma igreja verdadeira são vidas transformadas pelo poder do Evangelho. 

INTRODUÇÃO 
I- A CARTA 1.1 
1- Autoria e data 1.1a 
2- A cidade e a Igreja 1Ts 1.1 
3- O tema 1.10 
II- AS MARCAS DA IGREJA 1.2-5 
1- Fé 1.3a 
2- Amor e Esperança 1.36 
3- Poder do Espírito Santo 1.5 
III- A VERDADEIRA CONVERSÃO 1.6-10 
1- Abandono dos ídolos 1.9a 
2- Servir ao Deus vivo 1.9b 
3- Livramento da ira 1.10 

APLICAÇÃO PESSOAL 

INTRODUÇÃO 

Nessa carta, Paulo lembra a acolhida que os crentes de Tessalônica deram ao Evangelho – as circunstâncias difíceis em que ele pregou – ..e trata de alguns mal-entendidos sobre o ensino da segunda vinda de Cristo. 

I- A CARTA (1.1) 

Nela, ouvimos os batimentos do coração de um Pastor comprometido com a igreja local. 

1- Autoria e data (1.10)  

Paulo, Silvano e Timóteo….. 

Embora o consenso seja que a autoria da carta pertence a Paulo, o próprio apóstolo menciona, além de si mesmo, Silvano e Timóteo como sendo coautores da epístola Silvano é a versão latina do nome aramaico de Silas, companheiro de Paulo em sua segunda viagem missionária. Timóteo acabara de voltar de uma visita a Tessalônica e trouxe a Paulo notícias da Igreja (3.2,6). A data dessa carta é do começo da década de 50 (possivelmente, 51 d.C.). Isso a coloca como um dos primeiros livros do Novo Testamento. À luz das informações contidas nos Atos 17 e 18, é possível deduzir que o apóstolo Paulo a escreveu durante sua estadia de 18 meses em Corinto. 

2- A cidade e a Igreja (1Ts 1.1)  

…A igreja dos tessalonicenses em Deus Pai e no Senhor Jesus Cristo, graça e paz a vós outros. 

Paulo entrou na Europa debaixo da orientação do Espírito de Deus. De Filipos dirigiu-se a Tessalônica, distante 150 km. Era uma cidade de maioria grega, tendo entre os seus cidadãos alguns convertidos ao judaísmo. Eram os chamados “gregos devotos” (At 17.4). O apóstolo escolhia os lugares mais estratégicos para que o evangelho se propagasse com maior velocidade. É o caso de Tessalônica, a maior, mais influente e a capital da Macedônia. Enquanto viajava, ele passou por outras cidades (Anfípolis e Apolônia), mas foi em Tessalônica que se estabeleceu e pregou por mais tempo (At 17.2). Não significa, obviamente, que as demais fossem indignas do Evangelho. Paulo alcançava as maiores cidades e as transformava em centros de evangelismo na região. Tessalônica, modernamente, tem o nome de Salonica e é a segunda maior cidade da Grécia, com 250 mil habitantes. O impacto da pregação cristocêntrica resultou em um número considerável de convertidos e uma igreja organizada. A relação do apóstolo com a Igreja de Tessalônica era tão estabelecida que não havia necessidade de defender seu apostolado, como fez em outras cartas. Paulo amava muito essa Igreja. Como disse Wiersbe, é maravilhoso quando um Pastor pensa na igreja que serve e diz: “Damos sempre, graças a Deus por todos vós” (1Ts 1.2). Quanto tempo gastamos agradecendo pelos irmãos que Deus coloca em nossa vida? 

3- O tema (1.10) 

E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem Ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura. 

Embora houvesse outros objetivos, o tema principal da carta aos Tessalonicenses é “esperança diante da volta do Senhor Jesus”. Todos os seus cinco capítulos fazem referência à volta de Cristo e à importância desse evento para os santos (1.10; 2.19; 3.13; 4.13-18; 5.1-11,23). De fato, o tema do retorno do Senhor Jesus é superlativo para o salvo. Essa é a nossa esperança. Como bem afirma o hino 300 da Harpa Cristã: “Nossa esperança é Sua vinda; o Rei dos reis vem nos buscar…”. A importância dessa carta alcança os nossos dias e aquece os nossos corações. Essa esperança pertence ao povo de Deus. O mundo não a tem. Qual a esperança do mundo? Qual a esperança do não salvo ao morrer? Não existe. É bem verdade, como veremos posteriormente, que os ensinamentos de Paulo sobre a vinda de Cristo geraram alguns problemas, mas graças a isso temos essa carta. 

II- AS MARCAS DA IGREJA (1.2-5) 

Uma igreja autêntica possui marcas. Paulo vai enumerar algumas aqui. Como podemos saber se uma igreja é sadia? Como Paulo sabia que essas pessoas haviam sido salvas por Cristo? Porque a vida delas evidenciava isso. 

1- Fé (1.3a) 

Recordando-nos, diante do nosso Deus e Pai, da operosidade da vossa fé 

Fé não é algo fácil de ser encontrado, pois, por natureza, é profundamente humilde e, por vezes, humilhante. É saber que não somos suficientes. Cristo é suficiente A fé centrada em Cristo é essencial. De fato, sem ela não há vida cristã. Pode até haver religiosidade, mas não relacionamento com Deus. Sem fé, sabemos, é impossível agradar a Deus (Hb 11.6). A justificação pela fé não é uma invenção da Reforma. Lutero não criou a doutrina Ele a redescobriu, em um tempo de desvios doutrinários. Somos aceitos por causa da graça, mas apenas quando cremos (Ef 2.8). A graça é Deus oferecendo. A fé é o homem recebendo. Graça são os braços abertos de Deus. Fé é o homem lançando-se neles. Interessante que Paulo menciona a “operosidade da vossa fé”. Mais do que na fé, a ênfase paulina está no resultado dela. Isso porque a verdadeira fé se mostra por obras correspondentes. A fé deles gerou boas obras. Não foi uma fé estéril e morta. A verdadeira fé se mostra assim: em obras concretas (Tg 2.26). 

2- Amor e Esperança (1.3b)  

Da abnegação do vosso amor e da firmeza da vossa esperança em nosso Senhor Jesus Cristo. 

O apóstolo soma à palavra amor a abnegação. O amor nas Escrituras nunca se limita a um sentimento, mas à ação. As pessoas não salvas vivem para si mesmas. O crente é chamado a um amor abnegado. “Amor abnegado“, diz um comentarista, traz a ideia de trabalho exaustivo e labor intenso. Nosso amor a Cristo e ao próximo não é verborrágico, mas de atitudes e ações concretas. Essas duas virtudes juntas, com a anterior, lembram-nos 1 Coríntios a famosa trilogia apresentada em em 1 Coríntios 13.13: fé, esperança e amor: Lá a ênfase está no amor, aqui na esperança da volta de Jesus. Devemos observar nas três virtudes mencionadas que a ênfase está naquilo que resulta delas, ou seja, uma fé que produz obras, um amor que se doa exaustivamente e uma esperança que produz firmeza e perseverança A firmeza dos tessalonicenses é notadamente enfatizada considerando a forte perseguição que sofreram desde o início, quando a igreja fora plantada. Diante da pressão e do calor da perseguição, os gregos convertidos poderiam se sentir inclinados para voltar ao paganismo e os judeus ao judaísmo. A perseverança inspirada na esperança foi determinante para que tal não acontecesse. O salvo sabe que seu Senhor logo virá; por isso, permanece firme e não desiste. 

3- Poder do Espírito Santo (1.5)  

Porque o nosso evangelho não chegou até vós tão somente em palavra, mas, sobretudo, em poder, no Espírito Santo e em plena convicção, assim como sabeis ter sido o nosso procedimento entre vós e por amor de vós. 

Paulo foi um pregador que confiava no poder do Espírito Santo. Ele pregava, mas sabia que, sem o poder de Deus, suas palavras não teriam o poder de converter ninguém. Ninguém é salvo pela eloquência ou pela sabedoria humana. Sem a ação do Espírito de Deus, não existirá conversão autêntica. Pode haver adesão numérica. Somente o Espírito Santo pode aplicar a obra da salvação no coração do pecador. Tão importante quanto a obra de Jesus na cruz é a do Espírito Santo iluminando a mente do pecador. Como disse Spurgeon: “É mais fácil ensinar um leão a ser vegetariano do que converter um pecador sem o poder do Espírito Santo”. O homem sem Cristo está morto em seus pecados e somente um poder maior do que a morte pode salvá-lo. Esse poder vem do Espírito Santo. Conhecimento é importante, mas não é suficiente. Urge buscarmos o batismo com o Espírito Santo e sermos revestidos de autoridade para pregar o Evangelho. O batismo com o Espírito Santo é promessa do Pai disponível a todos os salvos. Chega de sermões mortos e sem vida. Sem a presença, o poder e a unção do Espírito Santo, a Igreja será como um vale de ossos secos. A unção do Espírito de Deus é nossa suprema necessidade. 

III- A VERDADEIRA CONVERSÃO (1.6-10) 

A conversão é um giro de 180° na vida daquele que creu em Cristo. Ela mostra o que é a vida cristã do ponto de vista da sua direção, ou seja, afastamento do pecado e aproximação de Deus. 

1- Abandono dos ídolos (1.9a)  

Pois eles mesmos, no tocante a nós, proclamam que repercussão teve o nosso ingresso no vosso meio, e como, deixando os ídolos, vos convertestes a Deus. 

As pessoas em geral testemunharam a mudança ocorrida nos tessalonicenses e o abandono dos ídolos. A conversão deles foi verdadeira e completa. Não há salvação sem arrependimento e mudança de vida. Arrependimento, ser autêntico, abrange duas coisas: tristeza por causa do pecado e um desejo por completa mudança de vida. Jesus Cristo precisa ser aquele em torno do qual organizamos nossa vida, agenda, prioridades, esperanças e anseios. Se isso for direcionado a outro nome ou coisa, tornamo-nos idólatras. Nem toda idolatria implica em adorar imagens físicas ou estátuas, seja de que material for. Por isso, João não diz: “filhinhos, guardai–vos das estátuas”, mas sim: “filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1Jo 5.21). Ídolos nem sempre são representados como objetos físicos diante dos quais nos prostramos. A idolatria moderna é bem mais sutil e perigosa. Nunca tivemos tantos ídolos como na atualidade. Os ídolos modernos são disfarçados, porém cumprem o mesmo papel que no passado: tomar o lugar de Deus como o único a ser adorado. Nossa sociedade eleva pessoas questionáveis à condição de ídolos. Como já dito, o coração humano sem Cristo é uma fábrica de ídolos. O poder econômico é o grande ídolo de nossa geração e o mais adorado no mundo. Homens matam, morrem, sacrificam a vida, a família e a alma no altar de Mamom. Quando alguém se converte, o dinheiro deixa de ser a fonte da sua identidade e realização e torna-se apenas dinheiro. Por essa razão, o crente oferta e dizima com alegria e gratidão. 

2- Servir ao Deus vivo (1.9b)  

Para servirdes o Deus vivo e verdadeiro 

Uma das palavras para identificarmos um cristão autêntico é conversão. Mas daí surge uma pergunta: converteu-se do que para o que? Nesta carta, Paulo diz que os tessalonicenses se converteram dos ídolos para servirem ao Deus vivo e verdadeiro. O contraste é proposital. Os ídolos que dantes serviam não tinham vida (totalmente incapazes de alguma coisa) e eram deuses falsos. Agora, eles servem ao Deus vivo e verdadeiro. Ninguém é salvo para a ociosidade, daí Paulo dizer que eles foram salvos para servir a Deus. Alguém ilustrou isso dizendo que o reino de Deus é como um navio onde não há lugar para passageiros ou turistas, apenas para a tripulação. Conversão conduz ao serviço. Como se espera que o crente aguarde o retorno de Cristo? Servindo! 

3- Livramento da ira (1.10)  

E para guardardes dos céus o seu Filho, a quem ele ressuscitou dentre os mortos, Jesus, que nos livra da ira vindoura 

O apóstolo conclui este, como fará com todos os demais capítulos: falando da volta de Cristo. O crente deve aguardar com alegria esse glorioso momento. A segunda coisa dita é que estamos livres da ira vindoura. A expressão “ira vindoura” é interpretada por alguns como uma referência às dores e angústias que sobrevirão aos habitantes da terra ро sejam ocasião da volta de Jesus. Essa vinda não significará terror para o crente. Ele não tem do que se preocupar. Já estará na glória com o seu Senhor. Outros veem essa expressão como uma referência à ira de Deus sobre o pecado, a qual foi derramada sobre Cristo na cruz. Dela, todos os que Nele creem já estão livres, pois nenhuma condenação há para os que creem em Jesus. Para os incrédulos ela permanece, conforme Jo 3.36: “…o que, todavia, desobedece ao Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus.” Seja como for, nem todos serão livres, mas apenas os crentes. A ideia do universalismo não é bíblica. 

APLICAÇÃO PESSOAL 

Vivemos os frutos de uma conversão autêntica. Conversão real gera testemunho que transforma vidas. 

RESPONDA 

Marque C para Certo e E para Errado nas afirmativas abaixo: 

(C) Paulo escolhia os lugares mais estratégicos para que o Evangelho se propagasse com rapidez. 
(E) A fé não é algo tão essencial assim para a salvação; o importante mesmo é a graça de Deus. 
(C) Os ídolos modernos são disfarçados, porém cumprem o mesmo papel que no passado: tomar o lugar de Deus como o único a ser adorado. 

 

SUPLEMENTO EXCLUSIVO DO PROFESSOR 

 

 

VIDEOS DE ESTUDO AO PROFESSOR – PRÉ AULA 

VIDEO 01 

RESUMO DA EBD – LICÃO 09

FONTE: YOUTUBE REVERENDO EDI.S

 

VIDEO 02

PRÉ AULA DA EBD – MISSÃO INFANTIL – LICÃO 09

FONTE: YOUTUBE PECC KIDS 

LICÃO ESTUDADA EM  30\11\2025